Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2008
O Grande Chefe Turmam recebeu hoje uma carta sem remetente na caixa do correio. Nela podia ler-se, num texto escrito com Times New Roman, "Paga o que deves filho da ****". Por muita razão que tenha esta pessoa, perdeu-a toda. E Turmam não vai descansar enquanto não descobrir quem é que chamou esse nome feio à sua mãe.
Dados:A carta vinha sem selo, pelo que terá sido depositada pessoalmente pelo redactor da missiva ou por um emissário seu.
Ontem à noite o Grande Chefe Turmam consultou a caixa do correio para tirar publicidade não endereçada, pelo que a carta terá sido introduzida de madrugada ou de manhã cedo, antes de vir o carteiro.
Turmam deve dinheiro a várias pessoas mas desconfia do administrador do prédio, que vive no 2º andar. Hoje vai esperá-lo na entrada do prédio e vai inquiri-lo em tom agressivo.
De sylvanae a 17 de Janeiro de 2008
A sensibilidade onírica e os níveis de comunicação em Turmam parecem querer pontuar acima da média.
A necessidade de fantasia está patente na criança, mas também - em diferente registo - em adultos cuja identidade se organiza mediante processos de sublimação e função simbólica maturada – deixando a “magia” de ser necessidade, mas antes o pleno prazer do pensar flutuante e meta-cognitivo.
A exteriorização dos problemas – mediada por processos de humor e de criatividade – é levada a cabo pelo deslocamento da pertinência dos factos da realidade para a pertinência das peripécias das histórias; O que nos leva a crer que na sua realidade social, Turmam identifica um malfeitor que, no entanto, quer absolver. Concluímos então que Turmam se regula espontaneamente num registo de reparação e altruísmo, tanto no nível intra-psíquico como a nível interpessoal.
Ainda assim, nas suas elaborações não existem heróis nem resoluções mágicas, e a voz tirânica manifestada - que num olhar superficial pode parecer moralista - existe apenas para ocultar a voz basilar de sabedoria e compreensão, dando a percepção, a partir duma análise aprofundada, de um mestre pouco convencional.
Portanto, a vivência onírica não está senão a preconizar a função de prazer, e a requintar uma aguçada visão realista e meticulosa na percepção da realidade externa. Ainda, na fuga para a fantasia, podemos encontrar satisfação indirecta e reconhecimento algo consciente do deslocamento, o que significa que este pesquisador tem insight crítico claro acerca do que se passa em seu redor, e por conseguinte, não é fácil enganá-lo. No que respeita à realidade interior e função introspectiva de Turmam não temos qualquer dado, nem, por conseguinte, qualquer possibilidade para avaqnçar a formulação de uma hipótese compreensiva.
De tuperware a 17 de Janeiro de 2008
oh diachos e não é que sylvanae tem razão??
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